Vivendo, observando e aprendendo

quarta-feira, 4 de junho de 2025

 

garota observando a natureza


É interessante observar, em silêncio, a forma como as pessoas agem, logicamente baseadas em suas crenças. Longe de mim criticar crenças alheias, mas na maioria das vezes a própria Lei Cósmica vem e prova, esfregando em face, que nem toda crença se baseia na verdade. 


Há um provérbio, chinês se não me engano, que aprendi a muuuito tempo atrás, e que o levo comigo pois faz completo sentido. Ele diz que "O burro nunca aprende, o inteligente aprende com os próprios erros e o sábio aprende apenas de observar o erro dos outros."

E há muita verdade nisso. Se aprende muito e se cresce demasiadamente apenas na observação das atitudes alheias e  suas inevitáveis consequências. Sem julgamentos...sem críticas...sem necessidade de respostas. Até porque, depois de um certo tempo a gente também percebe que ninguém sabe dar respostas melhores que a própria vida, utilizando-se do bendito tempo, ao qual ela sabe trabalhar tão bem.

E assim...ninguém nunca fica sem sua devida resposta !!


Há quem mantenha a crença de que tudo aqui está a deriva. Que não existe lei aqui. Que tudo pode. Que a todos engana, manipula, e que tudo é válido para se dar bem. Há até quem acredite que tudo se finde aqui...pasmem...mas ainda existe !! Sinceramente só consigo sentir compaixão por quem ainda pense assim...

Há quem morda as mãos de quem os amparou... há quem chute o ventre que os acolheu... quem cospe no prato que se alimentou... há quem só pensa em si próprio... há quem é impermeável ao amor. 

Quem acredite que escapará das consequências de seus atos.

Como eu disse...nem toda crença é verdadeira !


Mas há também por aqui, quem carrega uma força tão linda dentro de si que consegue transpor toda a caminhada sem se perder de si mesmo. Sem se contaminar com a maldade que grita lá fora, por toda parte. Há quem sabe se manter imune a desumanidade. 

Que ainda planta flores, canta, dança e celebra a vida como se por acaso aqui o paraíso fosse. 

Há quem ainda recite poesias e conte contos antigos. Que ouve os sons dos ventos e aprecia a textura das plantas.

Mas como conseguem ?? O que os move ?? É algo dentro e não fora !!

 Ainda há por aqui quem tem olhos de ver, e coração com pureza o bastante para conseguir enxergar o próximo como um ser divino irmão seu, partícula sagrada do Pai Maior, e não como uma coisa a ser usada para servir seus propósitos egoístas.


É só observar...tudo fala algo, tudo manda uma determinada mensagem, observe. Principalmente nos detalhes. Aaah, os detalhes...a verdade sempre gosta de se esconder lá...


E o que tenho aprendido na minha observação silenciosa  é que a vida  nada mais é que uma bendita universidade, e que cada um está no degrau que merece estar, que se permite estar. 

 Que tudo no Todo obedece a Leis Imutáveis que nós ainda nem conhecemos ao certo. E que tudo tem uma consequência. Que nada fica impune. E que a Vida é algo tão lindo e profundo que já não tenho palavras suficientes para descrever tal beleza .


Eu só posso dizer que a cada dia que vivo, me apaixono mais por ela, a vida...e por esta Consciência  Suprema que a criou e me concedeu a oportunidade de aprender e avançar, degrau a degrau, passo a passo, rumo a caminhos, portais e mundos diversos, em escalas crescentes. Com olhar sempre á frente !! Sempre pro alto !! Sempre crescendo !!

A cada dia que eu vivo, mais o meu encantamento pela vida aumenta. Talvez porque aprendi a observar em silêncio os detalhes, e a respeitar a ação do tempo.






Um ótimo dia a quem por aqui chega...e até mais !!









Caixinha Mágica

Carrego comigo uma caixinha mágica,
onde eu guardo meus tesouros
mais bonitos.
Tudo aquilo que eu aprendi
com a vida,
tudo o que eu ganhei
com o tempo
e que vento nenhum leva.
Guardo as memórias
que me trazem riso,
as pessoas que tocaram
a minha alma e que,
de alguma forma,
me mudaram para melhor.
O simples é tudo
que cabe nos meus dias .
E quem se arrebenta
de tanto existir,
vive pra esbanjar
sorrisos e flashes
de eternidade
[...]
Poema de Caio Fernando Abreu